A proposta aqui era realizar uma instalação luminosa imersiva e “submersiva”, em uma piscina preenchida não por água, mas por fumaça. As linhas das ribaltas-laser movimentavam-se de maneira semelhante à de um cardume de bicudas inseridas no fluxo de um rio/pântano intimidador. Strobos, mini-bruts e mini-movings também compunham esse cenário, disparando choques de luz aleatórios, intensificam ainda mais a ideia de um ambiente perigoso/desafiador/ impremeditado.
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A imagem deste fluxo de luzes fazia referência não apenas ao nome da festa, mas também ao contexto de resistência/sobrevivência das festas independentes, que vivem um momento ameaçador devido a boicotes estatais, invasão de festivais internacionais, ausência de espaços, aumento de custos de produção, entre outras dificuldades.

